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quarta-feira, 28 de março de 2012

O Desapego dos 30

Apesar do blog se chamar "Bem aos 30", pode parecer que posto poucas coisas sobre a mulher de 30, mas não é verdade. Este espaço é como um desabafo ou quem sabe uma conversa de uma balzachiana que quer compartilhar suas experiências, as coisas que acha interessante e o quanto é importante não nos preocuparmos com o "envelhecer" ou o "amadurecer" apenas do ponto de vista físico.
Se a idade nos parece tirar o viço, a maturidade faz com que nossa alma fique radiante.
Tudo bem! Tudo bem! Aos 30 não estamos tão maduras assim. E nem estamos perdendo o viço... Estamos no auge do meio termo. Agora sim é a idade "adulta". Embora eu seja adulta desde os 20 anos ou desde sempre, talvez. Apesar de nunca ter deixado de ser criança... Rs
O que eu mais tenho aprendido é o "DESAPEGO".
Aos 20 anos eu brigava por tudo, chorava por tudo, "tirava satisfação" com todos. Hoje em dia eu sei que existem coisas pelas quais vale à pena lutar e outras que são pura perda de tempo. É sobre essas últimas que eu tenho praticado o desapego e isso inclui as amizades.
Com o tempo, algumas pessoas mudam para melhor, outras para pior, outras continuam estagnadas e não mudam. Outras, ainda, regridem ao invés de progredir.
Ocorre que, quando os amigos não acompanham a evolução do outro ou não compreendem a estagnação do outro, as amizades acabam por se perder no caminho.
Acredito que a amizade nasça da afinidade e que devemos escolher por amigos aqueles que acrescentam algo bom em nossas vidas, seja profissional ou moralmente. Devemos valorizar as pessoas que nos desejam o bem (e isso tem que ser recíproco, claro) e que nos ensinam a ser pessoas melhores, com o seu exemplo ou sua experiência de vida.
Amigos são aqueles com quem podemos contar e que também podem contar conosco e não só aqueles que sempre podem contar conosco e não fazem a mínima questão de nossa presença quando estão bem.
MAS, o que os outros fazem também não importa!
 O fundamental é que nós não nos importemos, não fiquemos magoados e não hesitemos em fazer com que aquilo que não vale mais à pena se deserte de nosso convívio.
Se alguém me magoa ou é injusto, ou qualquer coisa ruim que ninguém deve fazer, eu não brigo mais, eu não fico arrasada. É como desligar uma tomada. Eu simplesmente me desligo e ponto final.
Esse tipo de coisa só pode ser alcançada com a maturidade, porque ela nos ensina a querer o melhor para nós e a deixar para trás o que não se encaixa mais em nossa vida.
Novas amizades sempre chegarão para acrescentar energia positiva, conhecimento e alegria, pois sempre acabamos por atrair o que se assemelha à nós e o que ficou muito diferente, infelizmente, acabará por ficar muito distante. O melhor é que aos 31 anos, eu sei lidar com isso sem sofrer e sei fazer a "triagem" sem culpa e sem guardar ressentimentos.


Viva o desapego, deixe ir o que não faz mais sentido!

Por outro lado, valorize o que é melhor para você, cultivando tudo o que é especial e não deixe de ser especial também e fazer a sua parte! Nós só perdemos quando deixamos de oferecer o melhor de nós!

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