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sábado, 17 de outubro de 2015

RECONECTE-SE CONSIGO MESMO!

Quando acontece algo muito difícil em nossa vida pessoal, se ainda não tivermos consciência de nós mesmos, a tendência é que nos desconectemos do que somos.

Como assim??? Meu corpo e meu espírito ainda estão aqui juntinhos e super conectados. Graças a Deus!!! Ufa!!!

Mas será mesmo este o único tipo de conexão? É verdade que a desconexão do espírito com o corpo só se dá com a morte, mas, em períodos de crise (existencial), acabamos nos perdendo dentro de nós mesmos. Não encontramos nosso plugue.

Funciona assim: você se esquece de quem você, dos seus talentos, do que gosta de fazer e etc e passa a viver a realidade dos outros. Aquilo que eles ditam que é real, mas que, entretanto, não passa de grandes ilusões que criaram e que nós implantamos em nossas vidas como se fosse nosso.

Por incrível que pareça é nos momentos de crise que a gente se reconecta consigo mesmo também. Deus é perfeito! Na verdade, as crises servem apenas para que nos curemos de algum sentimento negativo que carregamos, mas ao invés disso, quando não estamos atentos aos sinais do Universo, nos afundamos mais.

Eu sempre me senti capaz de realizar tudo o que eu sonhava, mas em um dado momento me senti como o Sansão quando teve seus cabelos cortados. Meu pai, que era meu porto seguro, se esqueceu completamente da família ao se envolver com uma mulher de moral duvidosa. Ele era uma pessoa influente e perdeu tudo o que tinha, de material e de moral. As pessoas não lhe davam mais credibilidade.

Eu que tinha tudo, passei a trabalhar e não pude entrar na faculdade de Direito (minha paixão), mesmo tendo sido aprovada no vestibular, pois depois do resultado, meu pai me deu a notícia de que não poderia arcar com as despesas. Naquela crise, não dava para arcar com "tantas" despesas e a despesa que ele escolheu não foi a família.

Entrei numa onda tão negativa que tudo passou a dar errado e meu ímã ficou super invertido, me atraindo amizades e relacionamento extremamente tóxicos, escolhendo alimentação e hábitos tóxicos, inclusive o da autocrítica exacerbada. Em 04 meses engordei 10 quilos e de quebra, perdi o emprego dos meus sonhos (na época - definitivamente não é mais atualmente) e me vi endividada e sem horizontes. Com a OAB em mãos, fui trabalhar para uma advogada mais experiente, que não pagava meus honorários. Uma amiga me disse um dia que eu estava parecendo um lixo e outra me deu uma foto antiga, pedindo para eu tomar vergonha na cara. Minha prima gritou comigo e disse que queria aquela prima autoconfiante de volta, que eu não era a prima dela, pois estava muito patética, "reclamona" e sem autoestima.

Eu ainda realizava coisas maravilhosas, mas algo sempre dava errado! Era uma luta constante, um remar contra a maré extremamente desgastante.

Conheci meu esposo e comecei a me reconectar, porque descobri o Amor verdadeiro, que eu sentia e sinto por ele. Não é o Amor que os outros sentem por nós que nos fazem melhorar, mas o Amor que vibra em nosso coração.

Então, comecei a buscar ser o melhor de mim que eu poderia ser. Consegui um bom emprego, ótimas amizades, perdi peso e comecei a adotar hábitos super saudáveis. Depois, passei em um concurso federal super concorrido, realizei meu sonho de ser evangelizadora infantil e trabalhar com crianças. Isso tudo sem contar a benção de ter o casamento dos meus sonhos, no sentido mais pleno do termo.

Contudo, apesar de tudo estar correndo bem, eu sempre tinha recaídas no medo e me sentia triste repentinamente, perdida num mar de lamentações vazias. Medo de perder, medo da escassez, medo de não ser capaz... Enfim, medo de fazer brilhar minha Luz!

Isso porque o Amor pelo outro não te reconecta consigo mesmo. Pode te trazer bem-estar e coragem para realizar as mudanças necessárias. Entretanto, só o amor-próprio te faz viver sua realidade novamente.

Assim, entre acertos e tropeços, fui obrigada a enfrentar um outro momento crítico, que foi a gravidez anembrionária. Seria nosso primeiro filho, tão esperado e já amado. A dor foi tão grande que eu não tive outra saída senão me reconectar comigo mesma, com força total, para sempre! Todo o medo e as lamentações ficaram estranhos e pequenos demais... Aquilo não me pertencia mais! E eu passei a não entender porque agia daquele jeito: será que eu tinha medo de ser feliz???

Voltei a fazer coisas que eu não imaginava mais ser capaz e coisas que eu sempre sonhei. Tudo passou a fazer sentido novamente e eu percebi que já estava nesta jornada de retorno, mas faltava o empurrão final.

Se a gente não aprende a ser melhor pelo Amor, o Universo é obrigado a nos causar dores. São dores benéficas. Nos mostram que estamos vivos e que a vida deve ser plena. Tudo está acontecendo agora!

Se você está desconectado de si, não espere outro empurrão. Levanta a cabeça e dá a volta por cima!

Olhe para si! Enumere seus talentos! Ouça suas músicas preferidas! Você lembra quais são?

Você é a única pessoa responsável por sua felicidade e pela realização dos seus sonhos!


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