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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Por que esta mania de se comparar?

Gente, estes dias fiquei com muita raiva de mim! Por que esta mania que mulher tem de ficar se comparando com as outras? Sempre vai haver uma mais alta, mais magra, mais bonita e até mais feia.

Eu nunca foi assim, mas depois dos 30... Hum! A coisa ficou feia. Nem digo depois dos 30, mas depois que eu entrei num processo depressivo e ganhei 10kg.

Hoje tenho boa forma novamente, mas meus 48kg nunca mais. Depois dos 30 fica mais difícil voltar à forma anterior. Meu corpo hoje é mais bem trabalhado pela musculação, mas a insegurança da época em que eu era chamada de "gordinha" continuou.

Nada contra as gordinhas. Existem gordinhas lindas. Mas, no meu caso, eu não fiquei legal acima do peso porque sou muito "miudinha". Agora fico me comparando e lutando pra não voltar àquela forma me deixou pra baixo. Às vezes me sinto até meio prisioneira: dieta super controlada, rotina pesada de exercícios, nem tenho tido tempo para ler e de vez em quando sinto que estou "emburrecendo", tamanha a fixação que estou no corpo ideal, para poder engravidar e voltar à forma.

Quando estamos numa fase assim, a comparação ainda é pior. Ainda mais se escutamos mulheres lindas e perfeitas dizerem o quanto comem errado e o quanto fazem pouco esforço para terem um corpo ideal. Parece uma afronta e eu acabo me sentindo derrotada, como se eu sempre tivesse que fazer mais esforço que todo mundo.

E quando o marido da gente "sem querer" olha para um "corpão" que passa... É como um atestado de que você está realmente péssima, mesmo que não esteja!


Como  lidar com isso?

Eu acho que toda mulher deveria ter cintura fina e bunda grande, bem redonda e empinada. Deveríamos nascer assim... Deveríamos ter o direito de comer o que tivéssemos vontade, sem ter que nos matar na academia!

Se todas as mulheres tivessem esse direito, acho que haveria menos problemas entre os casais, porque um "corpão" seria algo corriqueiro.

Queria que a idade não judiasse tanto da gente e que problemas emocionais e hormonais não nos fizessem engordar e que depois que reconstruíssemos nossos corpos não continuassem com uma auto-imagem negativa.

A verdade é que, mesmo trabalhando meu corpo, não consigo me ver mais linda como eu sempre me vi. Continuo com uma auto-imagem de quando estava acima do peso. Mesmo acima do peso, eu não fiquei gorda, fiquei mais "cheinha" porque era muito magra. Entretanto, aquilo teve um peso enorme na minha autoestima.

Sempre procuro escrever coisas legais e positivas aqui, mas estou com muita raiva de mim. Porque quando a gente se compara e sente ciúmes é como se assinássemos uma declaração de inferioridade e esquecêssemos todas as qualidades e a beleza que temos!

Não quero mais me sentir assim, não quero me comparar. Preciso aceitar as dificuldades que o corpo nos apresenta quando ficamos mais velhas.

O que podemos fazer para melhorar isso, balzachianas???

Ahhh!!! Acho que este post foi um belo desabafo... rsrs

Chega, né?

2 comentários:

PSICOLOGIA disse...

Estava aqui pesquisando alguns assuntos na internet e me deparei com seu "DESABAFO", achei muito pertinente e interessante, e de uma coragem imensa em assumir os próprios sentimentos. Percebi que está datado no ano de 2014, e não pude deixar de pensar em como vc deve estar se sentindo hoje, em relação aos sentimentos descritos.
Um grande abraço.

Tati Borges disse...

Olá! Obrigada por comentar no blog. Estou migrando para uma fanpage no Facebook. Me siga lá! Em relação aos sentimentos descritos no post, hoje estou com uma bebezinha de 1 aninho e me transformei completamente. Isso não é prioridade mais. Logicamente, quero voltar a cuidar do meu corpo quando puder, mas estou ótima, mesmo com alguns quilinhos à mais. Fui cuidadosa na gravidez, mas ainda faltam 2kg para eu eliminar. Entretanto, hoje eu vejo meu corpo como uma dádiva, em virtude da vida que ele gerou. Uma benção! Os filhos têm esse poder de nós transformar para melhor! Grande abraço